Ensinos e saberes das linguagens na Amazônia: entre Vozes que gritam e a floresta que se levanta
O objetivo do Congresso dos Professores da Educação Básica em Língua(gem) e Literatura da Panamazônia (1º CLLIMAZ) é promover a interlocução entre diferentes profissionais da área, pensar o ensino da linguagem além da gramática tradicional e das variantes prestigiadas da Língua Portuguesa, e sobretudo propor políticas de ensino comprometidas com a ecologia e a sustentabilidade, enfatizando-se a inclusão social, étnica, cultural, artística, escolar e as diferenças regionais. O 1º CLLIMAZ deve reunir professores da educação básica e superior, mais focadamente da (Pan)amazônia, do Brasil e demais fronteiras para discutir o ensino da língua(gens) e literaturas como ações de valorização humana dos sujeitos e de suas espacialidades.
Em sua primeira edição, o evento ocorrerá na Universidade Federal do Pará (UFPA), localizada na cidade de Belém, capital do estado do Pará e sede da COP30. O evento será realizado entre os dias 24 e 27 de setembro de 2024, tematizando os "Ensinos e saberes das linguagens na Amazônia: entre Vozes que gritam e a floresta que se levanta". O CLLIMAZ deve se constituir como um evento permanente na busca de sistematizar uma formação que promova a interlocução política e constante da cultura e produção intelectual universitária com a educação básica e a sociedade, singularizando-se pelo compromisso efetivo da educação básica e superior com as causas climáticas em defesa da Panamazônia e do mundo.
2º Letras Vivaz - Encontro dos Egressos do Mestrado Profissional em Letras da UFPA em sua segunda edição, acontecerá em concomitância ao 1º CLLIMAZ. O Letras Vivaz tem por objetivo viabilizar a formação continuada dos docentes da rede pública fundamental e básica a que se propõe o Programa de Mestrado em Rede Nacional em Letras (constituído por 42 Universidades públicas em todas as regiões brasileiras, funcionando em 49 unidades, incluindo os campi de algumas instituições) - PROFLETRAS.
Também o Letras Vivaz busca dar visibilidade para as pesquisas/dissertações dos mestres egressos/professores formados no programa; e finalmente fomentar a interação e a escuta continuada entre esse grande programa em rede de mestrado profissional - UFPA, sua produção acadêmica e a rede pública de ensino. Com esse intuito, O 2º Letras Vivaz terá como tema: "Formação permanente em docência no ensino da linguagem: compromisso da educação básica e superior, pensando a universidade como instituição engajada na formação permanente em educação básica na Amazônia".
A Profa. Dra. Ana Irene Pizarro Romero é uma destacada pesquisadora e professora nos estudos literários e culturais latino-americanos. Seu trabalho é amplamente reconhecido pela profundidade de suas análises sobre as identidades, culturas e vozes marginalizadas na América Latina. Com uma carreira acadêmica sólida e uma vasta produção intelectual, Ana Pizarro tem contribuído significativamente para o entendimento das complexas dinâmicas sociais e culturais da região, sendo uma referência central em seu campo de estudo.
Tema da conferência: AMAZÔNIA’S: vozes que precisam falar/voces que necesitan hablar
Prof. Dr. Gersem Baniwa, líder indígena Baniwa e professor na UnB, possui doutorado em Antropologia Social e é um defensor dos direitos indígenas, com ênfase em educação e valorização das culturas indígenas no Brasil.
Prof. José Manuyama Ahuite, educador e ativista ambiental peruano do povo Kukama, defende os direitos indígenas e a preservação da Amazônia, focando na proteção dos rios e territórios. É conhecido por sua luta contra a contaminação das águas e pela valorização das tradições culturais de seu povo.
Tema da conferência: Não tem terra sem gente, Não tem gente sem terra
Professor titular de Literatura Comparada da UERJ, doutor em Letras pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1997), e em Literatura Comparada, pela Stanford University (2002). Seus principais interesses de pesquisa concentram-se em Machado de Assis, literatura comparada e nas literaturas desenvolvidas em contextos não-hegemônicos. É autor de vários livros, como: “Bolsonarismo: Da guerra cultural ao terrorismo doméstico: Retórica do ódio e dissonância cognitiva coletiva” (2023) e “Guerra cultural e retórica do ódio” (2021).
Tema da conferência: UM PROJETO DE EDUCAÇÃO/ESCOLA PARA O PLANETA AMAZÔNIA: ENTRE A PULSÃO DE MORTE E A AVENTURA DA VIDA
A Metrópole da Amazônia!
Belém, a "Cidade das Mangueiras", desabrocha no coração da Amazônia como uma flor vibrante e acolhedora. Localizada na foz do Rio Pará, onde a água doce encontra a salgada , a cidade ostenta uma rica história e cultura, entrelaçando a herança indígena, portuguesa e africana.
Seu centro histórico pulsa com a imponência da Catedral Metropolitana de Belém, adornada com azulejos portugueses, e a Basílica Santuário de Nazaré, palco do Círio de Nazaré, a maior festa religiosa do Brasil. O Theatro da Paz, com sua arquitetura neoclássica, encanta com apresentações de ópera, balé e teatro.
Os mercados Ver-o-Peso e São Brás convidam a uma imersão nos sabores e aromas da Amazônia. Açaí, cupuaçu, taperebá, tucumã e guaraná explodem em cores e texturas, enquanto peixes frescos e ervas medicinais completam a sinfonia sensorial.
Belém é um paraíso para os amantes da natureza. O Parque Mangal das Garças, com seus lagos e rica fauna, oferece um refúgio da agitação urbana. Já o Museu Emílio Goeldi, um dos mais importantes da América Latina, guarda um acervo inestimável sobre a história natural da Amazônia.
A culinária paraense é uma explosão de sabores e aromas. Tacacá, maniçoba, pato no tucupi, vatapá e caruru conquistam paladares com suas combinações únicas. Para adoçar a vida, nada melhor que uma deliciosa maniçoba ou um açaí com tapioca na tigela.
O clima tropical úmido de Belém garante temperaturas elevadas durante todo o ano, com chuvas frequentes. A cidade se transforma em um verdadeiro espetáculo natural durante o período chuvoso, quando as ruas se inundam com as cores vibrantes das flores e das frutas.
Belém é um destino imperdível para quem busca uma experiência cultural autêntica e inesquecível. A cidade oferece uma rica variedade de atrações para todos os gostos, desde a história e cultura até a natureza exuberante da Amazônia.
Venha se encantar com a "Cidade das Mangueiras" e descubra a magia da Metrópole da Amazônia!
Cantando com os Uirapurus
Muito longe ouvimos o belo canto do UIRAPURU... existente em várias partes do Brasil, se diversifica em cores e mais belas sonoridades de cantos, na floresta Amazônica.
Descobrir é um gesto próprio de quem faz educação, de quem pergunta sobre o mundo, sobre a vida, sobre a floresta que tem apelo de sobrevivência PARA todos os seres viventes. Quem não fica com os olhos vibrantes de descobertas ao escutar o belo canto do UIRAPURU?
O UIRAPURU pode ser encontrado em toda a floresta amazônica. Pequeno em seu tamanho, quase minúsculo, exuberante em sua beleza, como todo PROJETO DE FELICIDADE
O UIRAPURU aparece pelos espaços brasileiros até os países latinos. De canto agudo e melodioso, cadente, como quem se espreita para guardar-se do mundo.
O UIRAPURU materializa o encanto e os segredos da mata densa da floresta, adentra-se e entre galhos inúmeros das grandes árvores, cantando para as imensas águas dos rios amazônicos. Ali permanece, como quem não abre mão dessa vida.
Entre os inúmeros uirapurus que temos no Brasil, destacam-se como os mais belos cantos, os uirapurus-verdadeiros: seis espécies que se delimitam pelos rios amazônicos
O 1º Congresso dos Professores de Linguagens e Literaturas da Panamazônia (CLLIMAZ) tal como o UIRAPURU deve se expandir por toda a Amazônia do Brasil, Colômbia, Bolívia, Peru, Venezuela, Equador, Suriname, Guianas, recantos e cidades da floresta. Como encanta o canto do UIRAPURU, aumentando de modo cadente, coletivo e ritmado nosso amor em ressonantes movimentos de alteridade, construindo e contemplando um projeto de felicidade de quem vive e se faz floresta.